Quem não se lembra do seu brinquedo favorito da infância? A nostalgia pode ser uma ferramenta poderosa para conectar adultos com os seus valores infantis, e nada é mais emblemático disso do que o fenômeno KIDULT.
- A indústria de brinquedos está vivendo um momento de crescimento sem precedentes, impulsionado por adultos que não se sentem confortáveis em largar seus brinquedos da infância.
- Os kidults são pessoas acima dos 12 anos que mantêm o gosto por brinquedos, jogos e colecionáveis. Eles buscam uma forma de escapismo e alívio emocional no cotidiano estressante.
A consultoria Circana revelou que os kidults representam quase um terço do mercado de brinquedos no Reino Unido, com crescimento de 8% em 2024. Isso significa que os consumidores mais velhos estão comprando cada vez mais itens como Lego, bichos de pelúcia tradicionais e figurinhas.
Outro destaque são os colecionáveis em série, que representam 23% das vendas totais de brinquedos por volume. Isso permite tanto compras impulsivas quanto aquisições recorrentes para completar coleções limitadas.
O papel da nostalgia e do escapismo
A nostalgia desempenha um papel fundamental no fenômeno KIDULT. Para muitos adultos, revisitar personagens e brinquedos da infância traz segurança e conexão emocional em tempos de incerteza.
Boa parte da força do fenômeno está na nostalgia. Brinquedos não são apenas objetos lúdicos, mas também um elo cultural entre gerações. Isso foi intensificado pela pandemia, quando jogos e colecionáveis serviram como distração e alívio emocional durante os períodos de isolamento.
Labubu é o novo símbolo dos kidults
Entre os fenômenos recentes que ilustram a força do mercado está Labubu, que se tornou febre em países como Canadá, EUA e Brasil. Em plataformas como o eBay, as buscas pelo boneco figuraram entre as mais populares de 2025.
A projeção é que esse fenômeno KIDULT não seja passageiro. Cada vez mais, fabricantes e varejistas ajustam suas estratégias para falar diretamente com esse público.
